Sangramento Intenso e Sensação de Peso na Barriga? São Miomas uterinos?
Postado em: 06/05/2025
Você tem notado que sua menstruação está vindo muito mais intensa ultimamente? Sente cólicas mais fortes do que o normal ou uma sensação constante de peso ou “desconforto no baixo ventre“, talvez até percebendo a barriga um pouco maior? Esses podem ser sinais de miomas uterinos, uma condição muito comum e que gera bastante dúvida.

O que são, afinal, esses tais Miomas Uterinos?
Muitas mulheres têm miomas e nem sabem, porque eles podem ser pequenos e não causar sintoma nenhum. Outras, porém, podem experimentar desconfortos dependendo do tamanho, da quantidade e de onde eles estão localizados no útero.
Quais são os Sinais mais Comuns de Mioma uterino?
Se os miomas uterinos causam sintomas, os mais frequentes são:
- Sangramento menstrual muito intenso: O fluxo vem mais forte, dura mais dias ou você precisa trocar de absorvente com muita frequência. Às vezes, pode até causar anemia pela perda de sangue.
- Cólicas menstruais fortes: Dores mais intensas do que o habitual durante o período menstrual.
- Sensação de pressão ou peso na pélvis: Um desconforto na região do baixo ventre.
- Aumento do volume abdominal: A barriga pode parecer maior ou mais inchada, mesmo fora do período menstrual.
- Vontade de urinar com mais frequência: Se o mioma pressionar a bexiga.
- Dor durante a relação sexual: Dependendo da localização do mioma.
- Prisão de ventre ou dificuldade para evacuar: Se o mioma pressionar o intestino.
- É importante lembrar: ter esses sintomas não significa automaticamente que você tem mioma, pois outras condições podem causá-los. Por isso a avaliação médica é fundamental.
Mioma Atrapalha Engravidar? E na Gravidez, tem Risco?
Essa é uma dúvida muito comum. A resposta é: depende. Miomas pequenos ou localizados em certas partes do útero podem não interferir em nada na fertilidade. Outros, dependendo do tamanho e localização (especialmente os que crescem para dentro da cavidade uterina), podem dificultar a implantação do embrião ou aumentar o risco de aborto.
Se você tem miomas e deseja engravidar, converse abertamente com seu ginecologista. Ele poderá avaliar seu caso individualmente. Durante a gravidez, os miomas podem crescer um pouco devido aos hormônios e exigem um acompanhamento mais atento, mas a maioria das gestações com miomas transcorre sem problemas.
Como Saber se Tenho Mioma? E Como Tratar?
O diagnóstico geralmente começa com a conversa sobre seus sintomas e um exame ginecológico. O ultrassom pélvico ou transvaginal costuma ser o principal exame para confirmar a presença, o tamanho e a localização dos miomas. Em alguns casos, a ressonância magnética pode ser necessária para mais detalhes.
E o tratamento? Ele varia muito!
Se não há sintomas: Muitas vezes, a conduta é apenas observar e acompanhar regularmente com o médico.
Para controlar sintomas: Existem medicamentos para aliviar a dor (analgésicos, anti-inflamatórios) e para reduzir o sangramento e o tamanho dos miomas (como pílulas anticoncepcionais, DIU hormonal, outros medicamentos hormonais).
Procedimentos: Em casos selecionados, pode-se indicar a embolização (que corta o suprimento de sangue do mioma) ou a cirurgia. A cirurgia pode ser a miomectomia (retirada apenas dos miomas, preservando o útero) ou, em casos mais complexos ou quando a mulher não deseja mais engravidar, a histerectomia (retirada do útero).
A escolha do melhor caminho depende dos seus sintomas, do tamanho e localização dos miomas, da sua idade e do seu desejo de ter filhos no futuro.
Preciso me Preocupar?
A principal mensagem é: miomas são comuns e geralmente benignos. Se você está com sintomas que te incomodam ou apenas tem dúvidas, o passo mais importante é procurar um ginecologista. Ele é o profissional capacitado para fazer o diagnóstico correto, te tranquilizar e discutir com você as melhores opções para o seu caso específico. Não sofra com os sintomas ou com a preocupação sem necessidade!
Ginecologista e Obstetra
CRM: 117186
RQE: 36.896 – Ginecologia e Obstetrícia
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Atenção: Este texto tem caráter informativo e não substitui a consulta médica. As informações aqui contidas não devem ser usadas para autodiagnóstico ou automedicação. Sempre consulte um médico ginecologista para avaliação e orientação individualizada.