Tipos de exames ginecológicos e para que servem
Postado em: 14/10/2024
Manter a saúde íntima em dia é essencial, e os Exames Ginecológicos de rotina são uma das melhores formas de fazer isso. Eles permitem identificar precocemente condições como endometriose, infecções e síndrome dos ovários policísticos.
Com esses exames, posso avaliar sua saúde pélvica, incluindo a vulva, canal vaginal, ovários, útero e mamas, identificando possíveis alterações antes que se tornem problemas mais graves. Vamos descobrir qual exame você precisa para cuidar da sua saúde de forma completa!
Principais exames ginecológicos
Ao falarmos sobre exames ginecológicos de rotina, é importante entender a função de cada um e como eles contribuem para a sua saúde. Vamos explorar esses exames e sua importância para o seu cuidado.
1. Exame físico
O exame físico é a base de toda consulta ginecológica. Durante essa avaliação, examino não apenas a região pélvica, mas também as mamas, axilas e tireoide. A partir desse exame, consigo identificar possíveis alterações.
Antes disso, realizo uma anamnese detalhada, conversando com você sobre seu histórico de saúde e qualquer sintoma que esteja sentindo.
2. Exame pélvico
A partir dos 21 anos, o exame pélvico se torna parte da rotina. Durante esse exame, avalio os genitais externos e, em alguns casos, realizo o toque vaginal.
Com isso, posso sentir o tamanho, formato e posição do útero e ovários, auxiliando no diagnóstico de condições como endometriose, miomas ou cistos. Para gestantes, o exame também é fundamental para monitorar a dilatação do colo do útero.
3. Papanicolau
O papanicolau, conhecido também como exame preventivo, é fundamental. Faço uma raspagem suave no colo do útero para detectar infecções e possíveis alterações que podem até indicar câncer.
Embora possa gerar desconforto, é um exame bem rápido. Recomendo que mulheres sexualmente ativas ou acima dos 25 anos o realizem anualmente.
4. Ultrassonografia pélvica
A ultrassonografia pélvica é um exame de imagem que proporciona uma visão detalhada dos ovários e útero. É crucial para detectar doenças como síndrome dos ovários policísticos, endometriose e até questões relacionadas à fertilidade.
Dependendo do caso, posso realizar o exame abdominal ou transvaginal, garantindo imagens mais precisas do sistema reprodutor.
5. Rastreamento infeccioso
O rastreamento de infecções sexualmente transmissíveis é necessário para identificar doenças como HIV, sífilis, clamídia e gonorreia. Utilizo exames de sangue, urina ou coleta de secreção vaginal para garantir um diagnóstico preciso, permitindo tratar qualquer infecção de maneira eficaz.
6. Colposcopia
Quando preciso de uma observação mais detalhada do colo do útero, vulva e vagina, indico a colposcopia. Esse exame é importante se o papanicolau apresentar alguma alteração. Embora possa causar um leve desconforto, a colposcopia é utilizada para identificar infecções, inflamações e até tumores.
7. Histerossalpingografia
Esse exame é indicado principalmente para avaliar causas de infertilidade. Utilizando contraste e raio X, consigo observar o colo do útero e as trompas de Falópio. Apesar de poder provocar um leve desconforto, o uso de analgésicos pode aliviar o incômodo, garantindo um exame tranquilo e preciso.
8. Ressonância magnética
A ressonância magnética é uma ferramenta poderosa que uso para observar as estruturas genitais com grande precisão. Com esse exame, consigo detectar alterações como miomas, cistos ovarianos e até câncer de útero e vagina.
Além disso, a ressonância é útil para acompanhar a evolução dos tratamentos, ajudando a avaliar se eles estão sendo eficazes ou se precisamos considerar outras opções, como uma cirurgia.
9. Laparoscopia diagnóstica
A laparoscopia diagnóstica, chamada também de videolaparoscopia, é um exame que permite visualizar diretamente os órgãos reprodutores dentro do abdômen. Com um tubo fino e iluminado, posso identificar condições como endometriose, gravidez ectópica, dor pélvica e investigar causas de infertilidade.
Embora seja a técnica mais precisa para diagnosticar endometriose, costumo utilizá-la como última opção, pois é invasiva e requer anestesia geral. Exames como ultrassom transvaginal ou ressonância magnética são alternativas menos invasivas e recomendadas inicialmente.
10. Mamografia
A mamografia é vital no rastreamento do câncer de mama. Recomendo esse exame a partir dos 40 anos, conforme as orientações da Sociedade Brasileira de Mastologia. Se houver histórico familiar de câncer de mama, sugiro iniciar a mamografia a partir dos 35 anos.
O Ministério da Saúde orienta que mulheres a partir dos 50 anos façam esse exame a cada dois anos. A mamografia ajuda a detectar alterações nas mamas, como calcificações e lesões benignas ou malignas. Se eu identificar algo durante o exame físico, posso solicitar novos para uma avaliação mais detalhada.
11. Ultrassonografia da mama
A ultrassonografia da mama é um exame complementar que utilizo quando há suspeitas, como caroços palpáveis ou resultados inconclusivos na mamografia. Ela não substitui a mamografia, mas é uma ótima aliada para esclarecer dúvidas, especialmente em mulheres com mamas densas ou histórico familiar de câncer.
Durante o exame, você ficará deitada enquanto é aplicado um gel nas mamas para facilitar a visualização.
12. Exames hormonais
Os exames hormonais são essenciais para investigar menstruações irregulares, sangramentos vaginais ou baixa libido.
Costumo solicitar exames de FSH, LH, estradiol, hormônios da tireoide e testosterona, entre outros. Esses exames são fundamentais para diagnosticar condições como síndrome dos ovários policísticos, infertilidade ou até confirmar a menopausa.
Cuide da sua saúde íntima! Agende sua consulta comigo e vamos juntos definir os exames ginecológicos essenciais para garantir o seu bem-estar. Estou aqui para te apoiar!
Dr. Marcello Rocco
Ginecologia e Obstetrícia
CRM-SP: 117186 I RQE: 36.896
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